Manifesto Trocando Hábitos

O consumo tem nos confinado. Sim, o que nos vendem como liberdade é, na verdade, gaiola. “Quando teremos o suficiente?”. Se não sabemos a resposta é porque já não conseguimos mais diferenciar o necessário do supérfluo.

O sentimento de felicidade parece estar, cada vez mais, atrelado ao nosso poder em adquirir bens materiais. “Indispensável”. É essa a impressão que temos após algumas horas diárias sendo bombardeados por comerciais. Esse tênis, essa roupa, essa televisão, esse carro… Tudo parece imprescindível… Os parques, os animais, a natureza, o convívio, as brincadeiras, entretanto, tornaram-se absolutamente secundários.

Mas, não, não podemos nos culpar por isso. Bilhões de reais são investidos em marketing e publicidade das empresas para que pensemos exatamente assim. E nós sabemos como é difícil resistir.

E se é difícil para você imagine para seus filhos, netos ou sobrinhos. Como uma criança no auge de sua vulnerabilidade é capaz de discernir o que é realmente necessário? Ou de entender o que está – ou não está – dentro do orçamento familiar?

Crianças estão especialmente expostas aos valores materialistas que nos assolam. E crianças consumistas tornam-se adultos consumistas, que, por sua vez, criam filhos consumistas. E se não quebrarmos esse ciclo… Bem, quem sabe o que pode acontecer. A natureza já tem nos dado sinais, cabe a nós percebê-los.

Acreditamos que o caminho da felicidade não coincide com as ruas que levam até o shopping center mais próximo.

Novos e diferentes hábitos são possíveis. As Feiras de Troca de Brinquedos, nesse contexto, são um espaço revolucionário. Não estamos apenas trocando brinquedos. Estamos trocando hábitos. E trocar pode ser muito mais divertido do que comprar.